Os Limites da Ciência Espirita

Por: Ricardo Chioro

(Inspirado e intuído pelos Mestres Ascensos)

Allan Kardec foi um pesquisador que através da sua obra foi criado o Espiritismo.

Kardec provou que o fenômeno mediúnico realmente existe fazendo as mesmas perguntas para diferentes médiuns de locais diferentes, obtendo as mesmas respostas, porém também constatou que erros acontecem.

O Espiritismo é ciência, religião e filosofia, porem é muito mais religião do que qualquer outra coisa, e a fé costuma ser muito mais forte que a razão provinda da ciência.

Devemos pensar que o que foi provado é que o fenômeno existe, mas provar cada coisa que o Espiritismo fala é impossível.

O conhecimento que os médiuns trazem através dos espíritos vão ser quase sempre aceitos por quem tem fé no Espiritismo, só que para haver ciência precisa haver questionamento, querer saber se o que é dito é verdade ou não.

Quem tem fé vai querer provar que o que é dito é verdade, mas precisa haver para a ciência dar certo, imparcialidade, é a busca da verdade, e não já ter a verdade na mão e querer comprovar.

É complicado isso porque de certa forma o cientista vai ter que questionar sua própria fé, o que ele acredita, pode ser doloroso isso, mas seria a forma da ciência acontecer.

O cientista tem que estar aberto para os dois lados, o acerto e o erro.

Existem muitas diferenças apresentadas da realidade espiritual mostrada por médiuns espiritas, inclusive entre Chico Xaviér e Allan Kardec, também entre o Kardecismo e outras religiões que usam mediunidade, seria muito interessante haver pesquisa imparcial nessas áreas.

Uma das diferenças entre Kardec e Chico é sobre o uso de materiais na pratica espiritual, como a óstia (um pãozinho católico usado nas missas), a água energizada e etc.

Para testar se realmente funciona o uso de materiais físicos com finalidade espiritual teria que pesquisar pessoas que acreditam no uso de desses objetos, pois é fundamental a fé na realização da pratica energética, então quem não acredita nesses meios não vai obter o resultado.

O Espiritismo não acredita no uso de materiais como velas, óstia e etc., então teria que pesquisar em outras religiões, onde existe a fé.

Muitos espiritas querem que o Kardecismo seja considerado uma ciência ao invés de religião, talvez porque um dos motivos disso seja que veem o uso de materiais como misticismo e mistificação, e é comum em quase toda crença, menos na evangélica e a kardecista.

Porém esses fiéis esquecem que precisa de fé para acreditar em tudo o que o espiritismo ensina, e existem contradições na própria crença e com outras que também existe mediunidade.

Não que o Kardecismo veja falso, mas isso nos remete a necessidade de pesquisa e estarmos abertos para as respostas que se podem obter, talvez não seja possível provar muita coisa, mas seria um grande avanço haver pesquisa.

O Espiritismo tem interesse em pesquisas que confirmem sua fé como as inúmeras que existem em reencarnação, terapia de vidas passadas e pesquisa de quase morte, mas não as que possibilitam mostrar algum erro, e é normal haver falhas nas crenças, o que não significa que sejam falsas.

Existe uma maquina que tira a foto da áurea dos fotografados, apesar de ter o conhecimento no âmbito espiritual do significado de cada cor tiveram que pesquisar o sentido de cada coloração, isso porque esse conhecimento não veio de pesquisa, poderia haver algum engano.

A ciência tem que ser o mais exato possível.

Muita gente acha que tudo o que é dito mediunicamente na religião feita através da obra Kardec é comprovado, isso porque ele comprovou a comunicação com o espiritual, mas não, se fosse assim não haveria tantas obras que se contradizem.

Como dissemos: foi comprovado apenas que o fenômeno existe, mas não que o que é dito ou escrito mediunicamente.

Os limites da ciência espirita é a própria fé do religioso, o que não significa que seja errado ter crença, afinal isso é natural em toda religião e traz muitos benefícios, porem limita o campo de pesquisa.

Mas não devemos perder a crença na nossa religião, apenas se você for um cientista e quiser fazer pesquisa, ai existe um ganho coletivo com isso.

 

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