Buda e a Autoestima
Por: Ricardo Chioro
(Parte deste texto é canalizada dos Mestres Ascensos)
Existe uma frase do Buda que é assim: Se sua compaixão não
incluir a si mesmo ela é incompleta.
Imagine uma situação que alguém lhe conta seus problemas e
insatisfações, então você sente compaixão por essa pessoa querendo o bem para
ela.
Então se você teve compaixão por essa pessoa por seus
problemas e dificuldades também tem que ter compaixão por si mesmo (a), também
querer o bem para ti.
Compaixão por si mesmo que Buda se referiu não pena de si,
mas querer e buscar o bem para si.
Compaixão não significa só pena, mas se importar com o bem
para um ou mais seres, incluindo a si mesmo.
Compaixão é mais pena ou piedade segundo o monge budista
Genshô, ela é se importar com a dor do outro como se fosse a sua, então como
vamos nos importar com a dor do outro como se fosse a nossa se não nos
importamos conosco?
Não devemos buscar ter pena de nós mesmos, compaixão não é
piedade, mas não desejar o mal e sim o bem.
O Budismo ensina aceitação, então como conciliar a
compaixão e não querer o mal para si?
R: Agente não deve querer o mal para agente, mas se ruim
acontecer consigo é ter aceitação sem deixar de procurar mudar o que puder para
sair do sofrimento. Isso também é buscar o bem como falamos.
Existe uma frase de Jesus que é similar a que citamos de
Buda, a frase de Cristo é: amai o próximo como a ti mesmo.
Não é amai o próximo e não se importe consigo.
Existe dentro do Espiritualismo, incluindo o Budismo,
pessoas que acreditam que só devemos nos importar com os outros e esquecer si
mesmas, existem pessoas que além de ensinar isso cobram dos outros, tem casos
piores em que fazem quem se importe consigo se sentir mal por isso.
Existem pessoas que tem interesse que o outro não tenha
autoestima e deturpam os ensinamentos espirituais verdadeiros, além de más
traduções budistas levarem a compreensões erradas e acabam formando uma
linguagem ruim no Budismo.
Claro que as pessoas que tem interesse na deturpação não
são necessariamente as que ensinam, ou cobram ou fazem o outro se sentir mal por
se importar consigo.
Se por um lado no Budismo se da muito importância por obras
escritas por sacerdotes de nome de outros países, existe também as péssimas
traduções que levam a muitos enganos, que justamente acabam entrando em
contradições com alguns ensinamentos básicos igual ao citamos no início do
texto.
Muitas pessoas acham que autoestima faz parte do ego, e
confundem com orgulho, vaidade e de vez em quando soberba.
Autoestima é ter estima por si mesmo, se gostar, se amar,
se valorizar e valorizar o que faz, sem querer ser melhor ou pior do que
ninguém, quando se importar em ser melhor ou pior já é o ego.
Autoestima é auto-amor, ego não é amor. O amor é luz.
Retomando a frase do Buda: Se sua compaixão não incluir a
si mesmo ela é incompleta.
Incompleta quer dizer: não plena.
O contrario de incompleta é a plenitude, a iluminação é a
plenitude.
A falta de autoestima não leva a felicidade, mas ao
sofrimento, que a pessoa pode não perceber, é inconsciente.
O fim do sofrimento que a iluminação traz também é essa da
falta de autoestima.
Nirvana é uma felicidade muito grande e faz parte para
consegui-lo ter autoestima.
Você pode conseguir o seu nirvana se quiser, busque isso.
Busque também sua autoestima.
Fique com luz ser de luz.