AMOR NÃO É APEGO

Por: Ricardo Chioro

(Parte deste texto é canalizada dos Mestres Ascensos)

Muitas pessoas confundem amor com apego.

O amor pode caminhar junto do apego, mas são coisas diferentes.

Desapegar-se de alguém, não diminui seus sentimentos por essa pessoa.

Estar apegado a algo ou a alguém é uma condição da qual, se separar do nosso apego pode causar muito sofrimento.

O que também não significa que, desapegar-se de alguém seja ter que se separar, de jeito nenhum, e muito menos querer a separação, significa só não sofrer por causa da separação.

Os iluminados também gostam de estar perto de quem amam, e eles amam todo mundo, só que não sofrem com as separações.

E claro, que também sendo seres sociais como somos nos tornamos mais felizes estando perto das pessoas. E gostamos mais de estar perto de quem temos afinidade, mesmo não estando apegados a elas.

Os iluminados, apesar de amar a todo mundo, também têm mais afinidade com alguns tipos de pessoas, do que com outras, isso é normal e natural.

Nós também temos mais afinidades com alguns iluminados, do que com outros.

Qual iluminado você gosta mais? E, sabe dizer o porquê?

É comum não saber o porquê, mas procurá-lo pode ajudar a entendermos melhor as coisas, e até trazer um pouco de autoconhecimento.

O amor também une as pessoas, mas não por estar amarrado, preso, apegado.

Por isso, iluminados também se casam, namoram.

Uma vez ouvi um budista iniciante dizer, o amor é egoísta, nos faz querer a pessoas só para agente, a compaixão é muito superior ao amor.

Pois o Budismo prega a compaixão, mas ledo engano dele, ele provavelmente estava confundindo amor com possessividade, insegurança, ciúme e etc.

Possessividade e ciúme, não são amores, mas podem andar junto.

A compaixão vem do amor, assim como a caridade.

Todo ato de bondade com alguém, se for sincero, é amor.

As pessoas na sociedade acham que é frieza se alguém morrer e não sofrer, mas pode não ser.

Tem um caso muito famoso, da morte da mulher do sábio Lao-Tsé, tido como o fundador do Taoísmo.

A mulher de Lao-Tsé morreu e ele começou a cantar.

Quando alguém próximo morre, as pessoas esperam que esta pessoa chore, fique triste e estranham esta atitude deste sábio.

Acham que ele ficou feliz pela mulher ter morrido, mas o que eu acho que aconteceu, é que ele começou a cantar, para elevar sua vibração, para expulsar a tristeza.

Se a tristeza fosse muita, não conseguiria, mas como não era tanta, cantar foi possível para vencer a tristeza.

As pessoas esperam que choremos quando alguém próximo morre, mas não melhor estarmos bem, do que mal?

É claro que se ficarmos tristes, os Psicólogos recomendam que choremos e sofrermos tudo o que tivermos para sofrer, pois se reprimirmos isso, nos traumatizamos.

Mas se a tristeza não existir por causa do desprendimento, é melhor, pois é melhor sorrir do que chorar.

Lao-Tsé e Sócrates são exemplos de iluminados que eram casados.

Santos são iluminados.

O fato de muitas vezes acharmos que iluminados, seres que atingiram o nirvana, não se casam e nem namoram, é porque a igreja católica tratou de santificar em peso pessoas que seguiram a carreira religiosa, ou tinham fortes vínculos com a igreja, como padres, freiras e monges, e, em muito menores vezes, pessoas que não seguiram a vida religiosa.

Não que essas santificações são fajutas, mas deixaram de lado muitas outras pessoas.

Mais textos sobre esclarecimentos do Budismo: Esclarecimentos Importantes sobre o Budismo, Esclarecimentos Importantes sobre o Budismo 2 e Amor não é Apego.

 

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